The book that changed my life
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The book that changed my life


These were the first words I ever read from Peter Singer:

First premise: Suffering and death from lack of food, shelter and medical care are bad.

Second premise: If it is in your power to prevent something bad from happening, without sacrificing anything nearly as important, it is wrong not to do so.

Third premise: By donating to aid agencies, you can prevent suffering and death from lack of food, shelter and medical care, without sacrificing anything nearly as important.

Conclusion: Therefore, if you do not donate to aid agencies, you are doing something wrong.

Peter Singer, The Life You Can Save, pgs. 15-16.

At that time (June 2011) I didn't know how influential Peter Singer was, but by reading this simple and clear argument, even if you don't believe this to be a moral obligation, it’s very hard to justify doing nothing, especially when we are so many times richer than those people who live in extreme poverty and we know there’s so much evidence of aid effectiveness.


Giving locally vs. Giving overseas (Inspired in a slide from a presentation by Julia Wise & Jeff Kaufman)

The book “The Life You Can Save” had just been published here in Portugal, and even before I read it I feared the hard subjects it addressed: poverty, hunger, disease, human suffering, death, etc. So I really didn't want to read it, because I strongly suspected I would feel compelled to act, changing my behavior and maybe losing some comfort and peace of mind.

Why would anyone in their right mind want to think about suffering all the time?
Finally it took me two sleepless nights to read it (in July 2011) and to find out it was all about something quite different: it was about alleviating someone's suffering or even saving lives. And that, besides being perfectly bearable, it’s also extremely fulfilling. Then another set of problems became apparent.

How can we effectively eradicate extreme poverty and all the suffering it causes?
Soon after I read the book, I decided to start some research and social networking to raise awareness about Effective Altruism. So a few days later (in August 2011) I created a Facebook Page and a Group where I have been posting translated information on a daily basis until this day. And that brought me closer to the Effective Altruist community and to volunteer directly with TLYCS. In fact, most of my free time is now spent with EA volunteering. Finding out that we could be the first generation to eradicate extreme poverty is a huge responsibility but also a lifetime opportunity.

Did TLYCS really change my life?
If you read a book and that leads to this amount of change, would you consider this to be a life changing experience? These are some of the changes that happened to me, so you be the judge:

  1. Started effective giving (now up to 10% of my income),
  2. Started volunteering (almost all my free time, holidays included),
  3. Changed my diet (according to ethical — and health — standards),
  4. Changed my online behavior (mostly EA social networking),
  5. Changed my consumer behavior (reducing waste and futile spendings),
  6. Stopped being so self centered,
  7. Became happier.

Maybe not everyone can donate up to 10% or more of his income, but if one’s donations go to the most effective organizations, then one can also have a great impact even for a small amount of money, and that is surely an example to be followed.

Would you fear this change or embrace it?
You might think that these are the qualities of someone morally superior or some kind of modern saint, but I can assure you no one treats me like I’m Super(moral)man. In fact, if someone had told me 5 years ago I would be like this now, I would hardly believe it. It would have been easier for me to believe that the next reader could achieve much more than me. So until this day I have given away eighteen TLYCS books.

So here’s my final question:
If you had to read a book that might change your life, which you would then give to someone with the same purpose, and that could eventually change the whole world for the better, what book would it be?

Estas foram as primeiras palavras de Peter Singer que alguma vez li:

Primeira premissa: O sofrimento e a morte por falta de alimento, abrigo e cuidados médicos são maus.

Segunda premissa: Se está em seu poder impedir que algo mau aconteça, sem sacrificar nada de importância semelhante, é errado não o fazer.

Terceira premissa: Ao contribuir para organizações humanitárias pode prevenir o sofrimento e a morte por falta de alimento, abrigo e cuidados médicos, sem sacrificar nada de importância semelhante.

Conclusão: Se não fizer contribuições a organizações humanitárias está a fazer algo de errado.

Peter Singer, “A Vida Que Você Pode Salvar” (pp.31,32)

Nessa altura (em Junho de 2011) eu não sabia que o Peter Singer era tão influente, mas ao ler este argumento simples e claro, mesmo que não acreditemos que essa seja uma obrigação moral, é muito dificíl justificar não fazer nada, especialmente quando somos tantas vezes mais ricos do que aquelas pessoas que vivem na pobreza extrema e sabendo que há tantas evidências da eficácia da ajuda.


Dar localmente vs. Dar para o exterior (inspirado num slide de uma apresentação por Julia Wise e Jeff Kaufman)

O livro “A Vida Que Podemos Salvar” tinha acabado de ser publicado aqui em Portugal, e, mesmo antes de o ler, eu receava os assuntos penosos nele abordados: a pobreza, a fome, a doença, o sofrimento humano, a morte, etc. Portanto, eu não queria realmente lê-lo, pois suspeitava fortemente que ira sentir-me obrigado a agir, mudando o meu comportamento e até mesmo perdendo algum conforto e paz de espírito.

Porque haveria alguém no seu perfeito juízo de querer pensar constantemente no sofrimento?
Finalmente, levou-me duas noites sem dormir para o ler (em Julho de 2011) e para descobrir que se tratava de um assunto bastante diferente, era sobre aliviar o sofrimento ou mesmo salvar vidas. E isso, para além de ser perfeitamente suportável, também é extremamente reconpensador. Então, tornou-se evidente um novo conjunto de problemas.

Como podemos erradicar eficazmente a pobreza extrema e todo o sofrimento que esta causa?
Logo após a leitura do livro decidi começar a pesquisar e a difundir informação sobre o Altruísmo eficaz através das redes sociais. Assim, uns dias depois (em Agosto de 2011), criei uma Página no Facebook e um Grupo em que publico informação traduzida diariamente até hoje. Isso aproximou-me da Comunidade de Altruístas Eficazes e levou a tornar-me voluntário directamente com a TLYCS. De facto, agora uso a maior parte do meu tempo livre no voluntariado AE. Descobrir que podemos ser a primeira geração a erradicar a pobreza extrema é uma enorme responsabilidade, mas também é a oportunidade de uma vida.

Será que o TLYCS mudou realmente a minha vida?
Se você lesse um livro que originasse esta quantidade de mudanças, será que iria considerar isso uma experiência que lhe mudou a vida? Estas são algumas das mudanças que me aconteceram, para que possa avaliar por si mesmo:

  1. Comecei a fazer doações eficazes (agora ascendem a 10% do meu rendimento),
  2. Comecei a fazer voluntariado (quase todo o meu tempo livre, férias inclusive),
  3. Mudei a minha dieta (de acordo com padrões de ética — e de saúde),
  4. Mudei o meu comportamento na Internet (maioritariamente divulgação do Altruísmo eficaz),
  5. Mudei o meu comportamento de consumidor (reduzindo o despredício e os gastos fúteis),
  6. Dexei de ser tão centrado em mim mesmo,
  7. Tornei-me mais feliz.

Talvez nem toda agente consiga doar 10% ou mais do seu rendimento, mas se as nossas doações forem para as organizações mais eficazes, então podemos ter um grande impacto mesmo com uma pequena quantia de dinheiro, e isso é certamente um exemplo a ser seguido.

Você iria recear essa mudança ou aceitá-la?
Poderá pensar que essas são as qualidades de alguém moralmente superior ou de uma espécie de santo dos tempos modernos, mas posso assegurar-lhe que ninguém me trata como um Super-homem-moral. Aliás, se alguém me tivesse dito há 5 anos atrás que eu seria assim agora, eu dificilmente acreditaria. É mais fácil para mim acreditar que o próximo leitor poderá alcançar muito mais do que eu. Por isso, até hoje, ofereci 18 exemplares do livro “A Vida Que Podemos Salvar”.

Assim sendo, esta é a minha última questão:
Se você tivesse de ler um livro que pudesse mudar a sua vida, oferecendo-o depois a alguém com o mesmo propósito, e isso pudesse eventualmente mudar o mundo para melhor, que livro seria esse?


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About the author:

José Oliveira

José Oliveira is an art teacher from Portugal and a volunteer for The Life You Can Save. As an effective altruist he pledged to give 10 percent of his income to the The Life You Can Save's top charities.


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The views expressed in blog posts are those of the author, and not necessarily those of Peter Singer or The Life You Can Save.